O Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) emitiu uma nota oficial em resposta às recentes denúncias de abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes no Arquipélago do Marajó. Os Promotores de Justiça, atuantes na região, destacaram a gravidade do problema e reiteraram o compromisso em combater essas práticas criminosas.
A nota ressalta que o Pará tem sido citado de forma negativa no que diz respeito ao abuso e exploração sexual infanto-juvenil. Estudos apontam que, em média, cinco crianças são vítimas desses crimes diariamente, com a possibilidade de subnotificação devido a questões psicológicas e estigmas associados a esses delitos.
De acordo com dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o estado do Pará registrou uma taxa de 3.648 casos, superando a média nacional de 2.449 casos relacionados a crimes dessa natureza, ocupando a sétima posição entre os estados com maior incidência desses crimes.
Os Promotores de Justiça do Marajó reafirmaram o compromisso do Ministério Público em coibir e prevenir essas violências, destacando a importância de discussões embasadas em estudos e de denúncias efetuadas nos canais adequados para investigação.
É importante ressaltar que, até o momento, não há relatos de crimes relacionados ao tráfico de órgãos no sistema de registro das Promotorias. O crime com maior incidência é o estupro de vulnerável, que também ocorre em maior número em outros municípios fora do arquipélago do Marajó.
Além das ações reativas, os Promotores de Justiça do Marajó estão envolvidos em iniciativas preventivas, como conscientização e educação sobre o tema, incentivando vítimas a denunciarem, a sociedade a não se omitir e os órgãos responsáveis a notificarem os casos de violência.
Outras instituições públicas e da sociedade civil organizada têm trabalhado sistematicamente para fortalecer a rede de proteção, avaliar os serviços e melhorar os indicadores.
A nota conclui destacando os desafios enfrentados no Marajó e a necessidade de um olhar responsável de todos para enfrentar não só esse crime, mas também para promover a transformação dos indicadores sociais visando uma melhor qualidade de vida para a população local.
LEIA A NOTA: Nota MPPA Marajó
Informações: Ministério Público do Estado do Pará